Você alguma vez já se pegou pensando o quão inteligente é o seu filho? Bom, eu me pego fazendo isso o tempo todo – nem sempre me orgulho disso, mas sou “réu confesso”, rs. Curiosamente usamos os critérios mais doidos pra fazer esta avaliação. Ele andou mais rápido! Ele falou mais rápido! Ele é mais “maduro” que o priminho! As tias da escola falam que ele é ótimo! Suas notas em matemáticas são incríveis!
Mas a bem da verdade, temos um pouco de dificuldade de trazer para o plano concreto esta nossa “avaliação” e muitas vezes temos que nos contentar com a nossa percepção do que julgamos ser o rendimento geral das nossas crias.
A inteligência é uma habilidade mental relacionada com as capacidades de abstração, raciocínio, planejamento, resolução de problemas e com a possibilidade de aprender a partir das próprias experiências. Claro que outros fatores também contribuem para a inteligência, como o quanto a pessoa consegue regular ou lidar com suas emoções e suas habilidades de socialização e empatia.
Não é por menos que diversas vezes acabamos nos questionando sobre o nível de inteligência dos pequenos. Afinal, é fácil de notar o quanto este fator poderá contribuir para o desempenho em diversos setores da sua vida.
Tendo isso posto, volto então ao problema que gerou esta discussão. Dá pra saber, de forma um pouco menos subjetiva, o nível de inteligência do meu filho? Sim. É possível. Talvez não seja a opção de todas, mas acredito que para algumas pessoas esta questão seja relevante. Através de testes de inteligência podemos avaliar o funcionamento das habilidades de processamento da criança. Estes testes nos permitem medir o potencial intelectual da criança ou adolescente. Ou seja, é possível prever o tamanho da facilidade ou dificuldade que uma criança teria em usar as suas habilidades em um ambiente super favorável.
A palavra em jogo aqui é potencial! Isso quer dizer que os valores de Quoeficiente de Inteligência (QI), que obtemos nestas avaliações, mostram até onde nosso filhos conseguem avançar. Em outras palavras, isto também significa que se a criança não estiver exposta a um ambiente desafiador, estimulante e motivador é possível que ela não tenha os recursos para alcançar todo o seu potencial. Portanto, vem a pergunta que vale 1 milhão de dólares. Posso ajudar o meu filho a atingir este potencial? Sim, sem dúvida!
Alguns profissionais possuem a formação necessária para ajudar neste processo. Por meio de algumas atividades que contribuem para o desenvolvimento do raciocínio, flexibilidade do pensamento, atenção, memória e aprendizagem e o controle da impulsividade é possível colaborar para o aumento da eficiência intelectual. Estas tarefas também ampliam a motivação da criança para o processo de aprendizagem e ensinam a ela a criar os recursos para gerar informações e não ser um mero reprodutor de conteúdos decorados.
Se você tem curiosidade em saber mais sobre este processo, procure um profissional especializado. Da minha parte, ainda fico comemorando a cada vez que a tia do berçário comenta como a minha bebê é esperta (olha eu confessando meus pecados de novo). Mas sempre tenho em mente que talvez daqui alguns aninhos eu possa promover este espaço para a minha filha.
Patricia Rzezak | Neuropsicologia e Psicologia Clínica
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