A massagem de bebês é uma prática muito antiga. Difundiu-se no Oriente e, nos últimos anos, vem sendo divulgada no ocidente graças a seus efeitos terapêuticos.
No trabalho que desenvolvo atuando no tratamento e orientação de grávidas, mães e bebês, utilizo a massagem como instrumento facilitador na relação com o bebê, pois são muitos os benefícios que podem ser obtidos por meio dessa prática, como por exemplo, melhora do sono, alívio de cólicas, redução do estresse, aumento do desenvolvimento psicomotor e do peso do bebê, entre outros. Entretanto, não é só o bebê quem usufrui desses benefícios, mas também quem realiza a massagem.
Essa prática, pode revelar-se uma grande aliada para as mães que têm dificuldades em se relacionar com os bebês. Isso porque, se a mãe se empenhar nessa tarefa, pode conseguir, por meio das inúmeras sensações proporcionadas pela massagem, um grande envolvimento com o nenê e, assim, identificar aquilo de que ele realmente necessita, além de ser um momento de grande envolvimento e integração para quem a faz e quem a recebe.
Para que a massagem se torne algo bom para o bebê e para que ele desfrute de todos os benefícios que ela pode proporcionar, é necessária uma adaptação e conhecimento da prática. Por isso saliento o cuidado que as mães devem ter com manuais e tutoriais de massagem que são facilmente acessíveis.
A mãe que conhece seu filho consegue atendê-lo com muito mais serenidade e, sem dúvida, esse sentimento proporciona segurança e tranquilidade a ele – elementos fundamentais para sua saúde emocional.
A massagem pode ser incorporada ao rol de cuidados que a mãe proporciona ao bebê, como por exemplo: dar banho, amamentar, alimentar, estimular e embalar, entretanto é necessário que a mãe seja muito bem orientada em relação aos princípios e a técnica que será utilizada, para que ela seja eficaz.
Preciso alertar para o fato de que orientações da massagem são fundamentais para que não se tornar invasiva para o bebê. É comum pensarmos que a massagem sempre será boa e só trará benefícios à criança, porém, se não for feita com cuidado e orientação poderá ser até prejudicial até para o desenvolvimento psíquico do bebê.
Toda mãe é capaz de conhecer o filho massageando-o, e certamente não será só eles que sairá ganhando com isso. Elas poderão, com essa experiência, tornarem-se mais seguras e confiantes no tocante à sua condição materna. E, como consequência disso, o vínculo entre ambos será fortalecido pelo contato físico e emocional proporcionado por essa prática.
Cynthia Boscovich | Psicóloga clínica, psicanalista. Membro regular da sociedade brasileira de psicanálise winnicottiana.
Atende adolescentes e adultos em seu consultório. Desenvolve também um trabalho específico com gestantes, mães e bebês, na área de prevenção e tratamento.
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