Atualmente vivemos tempos de informações imediatas, somos inundados por notícias a cada minuto. Os smartphones mudaram nossa relação com o Jornal Nacional, o Twitter diminuiu ainda mais as manchetes das revistas, até nos elevadores de prédios comerciais somos invadidos por flashs: temperatura, horário, dólar, últimos acontecimentos.
Nossos (não tão) pequenos são expostos a essas notícias a todo tempo,e nessa miscelânea temos a falsa sensação de conhecimento, por exemplo, quando eu fiz faculdade (me formei em 2004), lia as obras dos grandes mestres: Freud, Skinner, Jung…. Quando comecei a ministrar aula (2006), a orientação da coordenação era que os estudantes lessem autores que falassem sobre os mestres, agora, os alunos querem (🙄) slides sobre autores que falem sobre os mestres… nesse movimento o que de fato tem sobre os grandes autores? Praticamente nada…
As consequências de abundância de informações rápidas, incompletas, mastigadas, é uma geração que acha que sabe tudo (mas do que os adolescentes das gerações anteriores), e na verdade, eles são cada vez mais incapazes de produzir síntese sobre informações distintas: ao lerem o texto, o absorvem como sendo verdade, o repassam e o compartilham… são praticamente incapazes de compreender e contrapor o que está nas estrelinhas. Não tem entrelinhas, não cabe na capacidade máxima de carácteres das mídias sócias.
Enfim, precisamos criar possibilidades de pensamento analítico e crítico para nossos adolescentes, coloca-los em situações de reflexão; promover o encontro com saberes profundos e complexos para evitar o emburrecimento da geração com mais acesso à informações da história da humanidade!
Boa reflexão Vanessa, vivo esse dilema na minha casa com minhas filhas de 20 e 17 anos. Recentemente fui viajar para um local que não tinha sinal, como fiquei feliz em ver a cena das duas lendo um LIVRO!