7 Dicas para identificar o Ciúmes Patológico | Mamis na Madrugada

Quem nunca sentiu aquele desconforto, um aquecimento interno, pensamentos ativos e muitas vezes fantasiosos referente à pessoa amada? Pois é, vamos compreender o que é e quando se trata de um exagero e patologia.

Como psicóloga, recebo muitos jovens e adultos queixando-se de suas relações afetivas e, quando pesquisamos o histórico de suas vivências, identificamos a origem de todo o desconforto afetivo relacional.

Vamos viajar para nosso passado, para a relação diádica, que é um modelo de relação mãe-filho em que se tem a sensação de que existe uma aceitação e um amor incondicional, além da sensação de que é uma relação de auto-suficiência, na qual a relação se basta por si só. Ela traz muita segurança afetiva e pode ser considerada a base dos sentimentos de amor, confiança e segurança.

Pois é, mas sabemos que este amor mãe-filho está longe de ser incondicional, mas sem dúvida é a relação de maior intimidade que acontece, com início na gestação e nos primeiros meses de vida. A mãe “sabe” o que o filho sente e vice-versa. Assim, você consegue imaginar a relutância, mais precisamente da criança, em sair deste padrão relacional? Será que cabe mais alguém nesta troca afetiva? Essa terceira pessoa que se aproxima representa uma ameaça à toda segurança afetiva da relação.

Quem é essa terceira pessoa? Pode ser uma figura adulta feminina ou masculina que tenha uma forte vinculação afetiva com a mãe e o filho, e formará a relação triangular, ou seja, de 3 pessoas. Agora, preparada para o x da questão?

O que dá a dificuldade para a triangulação saudável é a ilusão do medo de perder este amor incondicional com a entrada desta terceira pessoa. E na verdade não se perde, mas se ganha, o exercício do social.

Se observarmos, toda situação de ciúmes envolve a relação de 3 pessoas, um grande receio de perda e de intensa competitividade.

A seguir estão as 7 dicas de como identificar se você ou parceiro (a) apresentam tamanho desconforto (ciúmes patológico):

1. Compreender a diferença entre ZELO e CIÚMES PATOLÓGICO: Zelo deve ser entendido como um cuidado, proteção e é saudável. Ciúmes Patológico anuncia uma dificuldade do indivíduo de dividir seu objeto de amor (pessoa, material) com outros, ou seja, se sente ameaçado;

2. Observar se a sensação interna de aquecimento e pensamentos atrapalha a sua relação;

3. Dialogar com o (a) parceiro (a) sem obter sucesso por repetir tais cobranças verbais e comportamentais;

4. Sentir uma luta interna entre a consciência de suas ações cobradoras devido à sensação de ameaça e a ação propriamente dita de falta de controle na linguagem questionadora e no comportamento agressivo;

5. Observar a si mesmo com dificuldades de mudar tais comportamentos;

6. Sentir medo frequente de perda da pessoa amada;

7. Identificar ansiedade a cada situação vivida que envolva outras pessoas na sua relação com a pessoa amada.

E ai? Se identificou? Não tem problema algum. Trata-se de um desconforto real, que deve ser cuidado com carinho e que possui solução. A sugestão é buscar um apoio psicoterapêutico para compreender seu padrão relacional para que, a partir daí, seja possível vivenciar experiências afetivas com mais adequação e alívio, sem medos e receios! Afinal, todos nós merecemos amar e sermos amados por inteiro!

Juliana Buchatsky Kruglensky | Psicóloga – CRP: 06/86329

 

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