Na adolescência as vivências são intensas. Adultos, muitas vezes, tendem a minimizar a importância destas experiências, subestimando tais sentimentos.
Tem-se a tendência de achar que os problemas e conflitos vividos nesta fase tem menor importância em relação aos vividos na fase adulta. No entanto, é importante ter consciência, que as experiências relacionadas a este período podem tanto causar grande frustração e sofrimento, como também, contribuir para ampliar a consciência e, desta maneira aumentar a capacidade de gerar soluções para a vida.
É adequado que o adolescente receba apoio e orientação de pessoas mais maduras dispostas a ouvi-lo e compreendê-lo, possibilitando segurança e confiança em seu processo de transição.
Várias questões podem contribuir para o aparecimento dos conflitos vividos nesse período, tais como: mudança com o corpo, que está passando por grande transformação biológica, redefinindo a imagem corporal (puberdade) ;o auge do processo de separação do vínculo de dependência com os pais da infância e a substituição por relações de autonomia; a busca da identidade no grupo de iguais; a posse das funções e papéis sociais; inclinações pessoais, independente das expectativas familiares, até mesmo das imposições biológicas de gênero a que pertence.
Levando em conta toda a complexidade desta fase de transição, deve-se ter com o adolescente inesgotável capacidade de doação afetiva, contrabalançada pela serena coragem para colocar limites claros.
É o equilíbrio entre o estar disponível e o tornar-se dispensável que se aproxima da ” exata medida” nesta relação.
Adriana Politi | Psicóloga Clinica | Casa de Psicologia
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