7 dicas - Brincadeiras com autonomia para as crianças | Mamis na Madrugada

1. Materiais simples: São brincadeiras de fácil acesso, de regras simples e autorais, ou seja, as crianças podem criar, recriar e modificar as regras ao ponto que conseguirem melhorar na atividade. EXEMPLO DE BRINCADEIRA: PULAR ELÁSTICO

Como se joga e regras: Com um elástico preso nos tornozelos (pode ser cadeira, banco ou qualquer objeto bem fixo no chão), uma criança pula entre ele de algumas maneiras: primeiro, com o elástico na altura dos tornozelos, depois, do joelho, da cintura, do peito, ombro e, finalmente, na altura do pescoço (risos… você lembra de conseguir essa altura na sua infância?).
Quando a pessoa que está pulando errar, passa a vez para outra. Lembrando que a sequência inicial é: pular com os dois pés dentro do elástico, depois, pular com os dois pés fora, em seguida, pular sobre o elástico e finalizar. Mas, o mais legal é criar a sua sequência e compartilhar com os amigos depois.

 

2. Natureza:  Há diversas brincadeiras que as crianças podem brincar com folhas, galhos, pedras, com quase ou nenhum material, na qual as crianças estarão em contato com a natureza ou, podendo ser, em qualquer local. EXEMPLO DE BRINCADEIRA: FLOGODÔ

Como se joga e regras: De origem africana essa brincadeira é bem simples. Desenhe no chão com giz ou com uma pedra um retângulo – do jeito que as crianças quiserem – sendo dividido em faixas. O pino do jogador deve ser encontrado ao redor pelos pequenos, podendo ser: pedra, folha, galho etc. Iniciar a brincadeira com um pedaço de galho ou pedra, algo que
possa esconder nas mãos. O companheiro de brincadeira, deve adivinhar em qual das mãos o objeto escondido está. Se acertar, andará uma casa a frente (no retângulo que foi desenhado no chão), se errar nada acontece e muda o jogador que irá esconder o objeto.

 

3. Momentos dentro de casa: Brincadeiras simples, de poucas regras e com poucos materiais. São atividades “As” na manga, as próprias crianças podem realizar a qualquer momento dentro de casa. EXEMPLO DE BRINCADEIRA: GOL A GOL

Como se joga e regras: Essa brincadeira é feita em dupla, com ajuda de uma folha de papel A4 dividida em linhas de 3 a 5 cm. Desenhar um gol no final da folha e pegar qualquer objeto para ser o pino do jogador. A dinâmica iniciará com um Jokenpô, quem ganhar andará uma casa (faixa ou linha desenhada) em direção ao gol. Vencerá o jogo, quem chegar no gol primeiro.

 

4. Se desafiar sempre: Brincadeiras que deixam as crianças desafiadas, tentadas a continuar até conseguir. Essas atividades visam, por muitas vezes, ser de habilidades motoras, no entanto, há crianças que gostam de habilidades intelectuais. Com isso, é importante identificar o gosto da sua criança. EXEMPLO DE BRINCADEIRA: AMARELINHA OU QUEM SOU EU?

Como se brinca e regras:

Amarelinha: Você precisará desenhar no chão 10 quadrados do jeito que quiser (tem o formato tradicional, mas é muito legal ter a personalidade de cada criança, fica mais gostoso!). Em seguida, deve-se construir as regras de como pular e como dará andamento na brincadeira. O legal desse momento, é a criança iniciar com regras e habilidades fáceis, mas depois, ir colocando regras mais complexas.

Quem sou eu? Colocar o nome de um objeto, animal ou personagem em um pedaço de fita crepe e colar na testa – mas a pessoa não pode saber hein?-. Você deve ir perguntando para as pessoas, por exemplo: Sou mulher? Estou na cozinha? Estou no banheiro? etc. Assim, as dicas serão dadas sendo somente sim, não ou não faz diferença, até a crianças adivinhar.
Não vale olhar no espelho…rs

 

5. Conhecimentos gerais e horas a fio: São brincadeiras que utilizam do repertório dos jogadores para seu desenvolvimento, mas não exclui ninguém. Podem ser jogadas em dupla, trio, quarteto ou até mais. E, no isolamento social, uma vídeochamada bastaria para iniciar essa brincadeira por horas. EXEMPLO DE ATIVIDADE: STOP

Como se joga e regras:
Para essa brincadeira basta uma folha e uma caneta. Coloque de 5 a 10 categorias do repertório dos participantes e pronto! Resultado, horas de brincadeiras e muita diversão. No final, somam-se os pontos e descobre que ganhou!

 

6. Brincar até cansar: São brincadeiras que não saem de “moda”. São de simples acesso e com um material fácil e adaptável. EXEMPLO DE BRINCADEIRA: PULAR CORDA

Pular corda trás para as crianças conquistas importantes, no que podemos referir na melhora no coordenação, organização espacial e temporal, ritmo entre outros fatores. Gostamos dela, porque é possível criar jeito de pular, mudar os níveis para brincar por horas.

Como se brinca e regras:
Dá para pular corda sozinho ou em turma. Na brincadeira coletiva, uma das extremidades da corda é presa em um poste ou em um portão enquanto um participante fica na outra ponta, batendo. Mas também é possível que duas crianças, uma em cada extremidade, segurem e batam a corda para que outras pulem. As crianças que estão pulando seguem comandos (com um pé, com dois pés, passar antes que a corda toque o chão) ou o que pede a letra de uma música. Os mais habilidosos conseguem pular duas cordas que são batidas quase ao mesmo tempo.

O que pode pular?
“Macaco foi à Feira”, “Suco Gelado”, “Subi na Roseira”, “Com Quem Você Pretende se Casar?” e “Moça Bonita” são algumas das músicas cantadas na brincadeira de corda.

 

7. Resgate hostótico e nostálgico: São brincadeiras que resgatam memórias, são passadas de pais para filhos, muitas das vezes todos brincam juntos, são chamadas de brincadeiras tradicionais. EXEMPLO DE BRINCADEIRA: 5 MARIAS

Uma brincadeira tradicional e de grande apelo afetivo, são 5 saquinhos preenchidos de arroz, painço,areia etc. Para jogar, há maneiras pré-estabelecidas, mas o legal da atividade é as crianças criarem e recriarem as regras e formas de jogar.

Como se brinca e regras: As “cinco Marias” que dão nome a brincadeira são os saquinhos de pano cheios de areia ou arroz. Ela consiste em executar uma sequência de movimentos com os saquinhos. Há várias fases e ganha quem conseguir executar corretamente todas elas. Quem errar perde a vez, tendo que retomar na próxima rodada de onde parou.

Fase 1: As cinco Marias são lançadas no chão. A pessoa escolhe uma delas e a joga para o alto. Enquanto essa está no alto ela deve, com a mesma mão, pegar umas das outras quatro que ficaram no solo. Feito isso, deve-se agarrar o saquinho que foi lançado antes que esse caia no chão. Esse movimento deve ser repetido com os demais saquinhos. Quem conseguir pegar todas passa para a próxima fase.

Fase 2: O movimento executado é similar ao anterior, contudo deve-se pegar nessa fase os saquinhos que estão no solo de dois em dois.

Fase 3: O movimento executado é similar aos anteriores, porém deve-se na primeira vez pegar um dos saquinhos e na segunda vez os três que restaram de uma vez só.

Fase 4: O movimento executado é similar aos anteriores, porém dessa vez deve-se pegar todos os saquinhos que estão no chão de uma só vez.

Fase 5: Todos os saquinhos são colocados de volta ao chão. Com uma das mãos, o jogador tem de fazer uma ponte – com a mão esquerda apoiada no solo pelas pontas do polegar e do indicador. Feito isso, deve jogar para cima um dos saquinhos, enquanto passa o outro por baixo da ponte. O jogador deve pegar o que foi lançado antes que este cai no chão. O movimento deve ser repetido até que todos os saquinhos tenham sido passados por debaixo da ponte.

Fase 6: Lança-se todos os saquinhos para o alto. Com a mão esquerda o jogador faz um muro na frente das peças, apoiando o dedo mindinho e a lateral da mão no chão. Ele deve escolher um dos saquinhos e lançar para o alto, ao mesmo tempo, deve transpor cada um deles para o outro lado do muro, sem deixar cair a que está no ar. O jogo termina quando forem transpostas todas as peças para o outro lado.

 

Prof. Me. Denis Del Conte | Diretor Criativo e Pedagógico | Liga Positiva Recreação e Eventos
Whatsapp: (19) 99737-5337

Compartilhe