O consumo de frutose (o mais doce de todos os carboidratos), aumentou drasticamente e hoje é comumente usado comercialmente em refrigerantes, sucos e industrializados. Os padrões alimentares e a dieta mudaram muito durante as últimas décadas nos países industrializados e em desenvolvimento, principalmente em crianças, adolescentes e adultos jovens e, juntamente com o estilo de vida sedentário, resultaram em aumentos de obesidade, Síndrome Metabólica (SM), doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD) e diabetes tipo 2.
O aumento da incidência de síndrome metabólica não se deve apenas ao sedentarismo mas também ao aumento do consumo de açúcar disfarçado.
Os adoçantes mais comumente usados são a sacarose, o xarope de milho (contém até 55% de frutose) e a frutose. Muitos não sabem, mas bebidas com sabor de frutas, bebidas esportivas e energéticas, contém grande quantidade de açúcar. Elas são responsáveis por cerca de 15–17% da ingestão energética diária total excedendo o limite recomendado de 5% de açúcar (diretrizes da OMS em 2018). Muitos produtos industrializados contem frutose, inclusive diversas das barrinhas de cereais que costumo ver por aí.
A frutose é absorvida no intestino delgado e metabolizada no fígado. O metabolismo da frutose resulta em um aumento de resistência à insulina, acúmulo intra-hepático de lipídios (resultando em aumento de gordura no fígado).
Portanto o excesso de consumo de frutose, tipico da dieta ocidental, é prejudicial e resulta em diversos fatores de risco cardiovasculares.
Por isso: LEIAM RÓTULOS!!
Não se deixem enganar por produtos aparentemente saudáveis que contém grande quantidade de açúcares entre eles a frutose.