Perda urinária | Mamis na Madrugada

Vamos falar um pouco sobre perda urinária? Perder urina é normal?

A incontinência urinária não é normal. Nem mesmo em gestantes e mulheres idosas. Isso é uma crença muito comum de se ouvir. Inclusive, infelizmente, por outros profissionais da área da saúde. Podemos ver mais comumente nestes dois períodos da vida, mas não é normal e muito menos, esperado.

perda de urina

Apesar de não ser um sintoma que leve a perda da vida, é algo que agrava muito a sua qualidade. Muitas deixam de ter relações sociais, de lazer e acabam no isolamento. O mais importante: tem tratamento. Mas não é uma receita de bolo, leva em conta algumas prerrogativas como, tipo de perda, causa, intensidade do problema.

Então, vamos lá…

O que é incontinência urinária?

Incontinência ou perda urinária é um sintoma que pode aparecer em homens e mulheres em qualquer momento da vida. Ocorre a saída de urina pela uretra de forma involuntária. É mais comum no sexo feminino.

Temos mais de um tipo de perda. A perda por esforço, quando a paciente, por exemplo,  tosse ou espirra e perde urina durante esta pressão. Há a perda por urgência, onde há a vontade, não dando tempo de chegar ao banheiro, independente do volume de urina na bexiga. Temos mulheres que têm os dois tipos de perda, chamamos isso de incontinência mista. Por último, menos comum, há a perda involuntária e insensível da urina.

Dentre as causas femininas temos algumas listadas a seguir: infecção urinária, comprometimento da musculatura que fecha e abre a uretra e / ou da musculatura de sustentação da pelve, decorrentes de tosse crônica, idade, obesidade, gravidez, partos prolongados e complicados; assim como procedimentos cirúrgicos e / ou irradiação nos órgãos pélvicos, doenças que geram pressão abdominal e consequente sobrecarga na região da bexiga; doenças neurológicas ou mesmo locais que podem fazer com que a musculatura da bexiga se contraia independente da vontade do portador.

Tratamentos

A depender da causa, do tipo de perda e da gravidade do problema iremos direcionar o tratamento. Não existe somente um tratamento, e em geral, necessitamos lançar mão de mais de um deles para melhora desta qualidade de vida. Na maioria das vezes, necessitamos da interação do médico com o fisioterapeuta para isto.

Dentre as abordagens, podemos lançar mão de medicamentos, fisioterapia pélvica, laser e cirurgia. E, finalmente, a escolha de qual linha de tratamento a ser usada deve ser feita por um médico capacitado juntamente com o paciente. Em geral, o melhor especialista nesta área para direcionar este tratamento é o uroginecologista, entretanto, urologistas e ginecologistas com experiência na área conseguem realizar uma boa avaliação e direcionar o paciente.

Então, se você sofre com algum destes problemas, procure um profissional que lhe ajude e faça uma boa avaliação.

 

Dra Fernanda Araujo Pepicelli | Ginecologista, obstetra e uroginecologista

Sou médica formada pela UNIFESP-EPM, fiz especialização em ginecologia e obstetrícia e uroginecologia na mesma instituição.

Compartilhe