Se alguém me perguntar, o que eu mais gostaria de deixar para meus filhos, podendo escolher qualquer coisa: Seriam casas? Dinheiro? Livros? Sabedoria? Manuais de conduta?
Eu responderia: Quero deixar para meus filhos a capacidade de resolver problemas de forma justa. Explico. Desde que nascem, na tentativa de fazer o melhor para os pequenos, tentamos poupa-los de sofrimento. Claro, que mãe quer que seu filho sofra? Nenhuma. Mas, assim,os poupamos de resolver pequenos desafios,ou pior, de crescer!
Quando um bebê nasce, ele é um ser frágil que precisa de cuidado e afeto, mas precisa de pequenos desafios também. Ao dar um brinquedo para ele segurar, ainda bem bebê, experimente não posiciona-lo diretamente na mãozinha, rapidamente, ele vai fazer um esforço descordenado, mas, em poucos segundos alcançará o alvo colorido! E nesse momento, você não deu apenas o brinquedo, mas você deu ao seu filho o principal: o prazer de uma conquista!
Já, aos 5 ou 6 meses, quando começar a tomar líquidos, experimente deixa-lo segurar a mamadeira. Não será perfeito do ponto de vista técnico (oi?), mas será perfeito para mostra-lo que ele consegue! Outro exemplo, uma criança bem pequena, pode ser incentivada a tirar o próprio sapato, guarda-lo no lugar, isso a torna corresponsável pela organização da casa e até pelo bem estar da família.
Por tras dessas pequenas atitudes simples de incentivo à autonomia, tem um complexo emaranhado. Quando propomos essa individualização dos nossos filhos, deixamos de trata-los como objeto e passamos a trata-los como sujeitos! (lindo isso!)
Se para nós, adultos, isso já é tão gratificante, imaginem para o bebê que está descobrindo o mundo?! Conquista-lo é delicioso! Não estou sugerindo um abandono coletivo de menor, claro que não! Esses pequenos desafios, ao contrário, nos dão em princípio, muito mais trabalho, pois exigem muito mais da nossa atenção!
Mas são essas sementes de provocações que os tornam fortes e seguros para resolverem seus problemas! E hoje, o que você pode fazer para seu filho, tornar-se mais sujeito, mais autonomo, mais seguro e sem exagero, mais feliz? Deixe um comentário contando pra gente.
Beijos,