Muitas vezes generalizamos comportamentos como sendo padrões do gênero: meninos são mais agitados, meninas mais meigas. Mas em um exercício mental rápido conhecemos meninas bastante agitadas e vice-versa! Claro que conhecemos! (ouso a dizer, que nesse grupo existe mais mãe que era agitada do que meiga rsrs).
Na verdade, esses comportamentos separados por gênero são aprendidos e incentivados por nós, mães.
Queremos filhas maternais e as enchemos de bonecas, berços, roupinhas e um monte de parnafenalha rosa. E os meninos, ganham, desde bebes (!), trecos de super-heróis violentos e agressivos. Lá pelos 5 ou 6 anos, as mães começam a reclamar que seus meninos só gostam de brincadeiras de lutinhas e vivem espalhando socos e pontapés sonoros: pá, rá, pummmm!
E lá vamos nós, mães, responsabilizar os pequenos por serem violentos. Sério?! E as meninas? Pobres meninas, idiotizadas e responsáveis por terem coordenação motora pior. Claro, só brincam sentadas, cantando cantigas! Affff.
Mas, nossos meninos violentos, crescem… Que triste, brigam no jogo de futebol e gritam feito ogros no trânsito. E as meninas? Esperam serem resgatadas de seus castelos, por príncipes e quantas não se frustram ao serem extraídas de quartos rosas e entediantes para o mercado de trabalho?
Mas e agora? O que fazer? Criar meninos em castelos e meninas violentas? Dar bonecas para os meninos? E Ben 10 para as meninas?
Acredito que a diversidade é o mais importante! Oferecer tipos diferentes de brinquedos, valorizar os itens que não são separados por gêneros e principalmente, possibilitar seus filhos a brincarem com coisas. Sim, coisas: fitas, papeis, massinhas, tecidos, grãos de comida crus, folhas de plantas, pedras… O poder da criatividade deles é infinitamente superior ao nosso! (INFINITAMENTE!). Além de frear esse consumismo exacerbado em que estamos (tema para outro post J ).