Minha experiência pessoal como nutricionista | Mamis na Madrugada

Bom dia Mamis! Hoje vou falar um pouco da minha experiência pessoal, porque muita mães me perguntam “mas como você faz com o seus filhos??”, e o que tento passar para todas é exatamente o que faço com eles.

Tenho 2 filhos, um de 6 anos e outro de 4 anos e com os dois tive um cuidado super especial na hora da introdução de alimentos sólidos, pois sei o quanto essa fase é importante para o crescimento e desenvolvimento do bebê e o quanto esse cuidado irá influênciar no futuro deles.

Comecei a introduzir alimentos sólidos com 6 meses, quando o leite materno não consegue mais suprir as necessidades do pequeno. Iniciei com o suquinho de laranja lima no meio da manhã (antes do soninho da manhã) e frutinha amassada à tarde (depois do soninho da tarde). No início dava a mesma frutinha por 2 dias e depois mudava, para ver qual a reação do bebê e para ele se acostumar aos sabores.

Logo depois passei para a papinha no almoço, o que não foi super fácil porque no começo eles não sabem direito o que fazer com aquela “coisa” dentro da boquinha deles, com novos sabores e texturas, estão acostumados a se alimentar somente na forma líquida e de repente começam a comer com um objeto estranho, a colher. então tive que ter bastante paciência (óbvio que tinha dias que ficava loucaaa e colocava a galinha pintadinha, mas na maioria das vezes tentava respirar e focar!!).

Após 15 dias dando almoço comecei a dar o jantar, substituindo a mamada das 19hs (no meu caso). Acho importante dar esse tempo até introduzir o jantar, pois o bebê demora um pouco para se acostumar, na maioria das vezes comem bem pouquinho no início, então ficava segura pois sabia que teria o leite no jantar. Aqui vale lembrar que o leite materno (ou fórmula) deve ser o principal alimento do bebê até 1 ano de idade e a alimentação complementar vem para COMPLEMENTAR o leite . Então, não se desespere quando o pequeno não comer bem.

Da forma que escrevo pode parecer que foi a coisa mais tranquila do mundo, mas nãããooo!!! Sofri como todas vocês! Na realidade o meu pimeiro foi bem fácil, mas o segundo já me deu um “baile”, travava a boca, botava pra fora, virava a cabeça….mas fiz de tudo para ter paciência (desistir jamais!!) e insistir, insistir e insistir….e deu certo!! Hoje come super bem! Então a dica é respeitar o tempo do pequeno!

Quando percebi que já estavam aceitando alimentos em pedacinhos comecei a dar a mesma comida que comemos em casa. Isso aconteceu com mais ou menos 11 meses, no meu caso, mas varia bastante. E aí foi de uma forma gradual também, iniciei com a comidinha no almoço e continuei com a papinha no jantar por 1 mês (essa foi uma opção minha, mas vale conversar com cada pediatra!). E depois comidinha no almoço e no jantar.

Na minha casa procuro ter alimentos bem saudáveis, então nas nossas refeições sempre tem arroz ou macarrão integral, grãos, verduras, e proteínas grelhadas, assadas ou cozidas. Tento sempre oferecer uma saladinha antes, então faço um prato bem coloridinho (ex: alface, tomatinho e pepino). E nós todos comemos a mesma coisa. O EXEMPLO VEM DE CASA!! Então procure comer o que você quer que o seu filho coma!

Sempre dou 1 frutinha de sobremesa, e procuro dar alguma rica em vitamina C, para ajudar na absorção do ferro. Ex: Kiwi, morango e laranja.

Muitas me perguntas sobre os lanchinhos intermediários e o café da manhã. Em casa de manhã os dois tomam leite e costumo dar uma tapioca com queijo branco ou 1 fruta com cereal integral para complementar….eles adoram! No lanche da manhã fruta! À tarde os 2 tomam leite quando acordam, e pela minha experiência percebi que quando o meu caçúla come algo a mais a tarde prejudica o jantar, então ele para por aí (vale lembrar que cada caso é um caso e temos que usar o bom senso conhecendo nossos pequenos!). Já o mais velho toma leite umas 15hs e umas 16:30hs dou um lanchinho e aí vão algumas opções:

– sorvete feito em casa, com frutas;

– pão integral com queijinho ou mel;

– frutas secas (damasco, ameixa, uva passa) e oleaginosas (castanhas, amêndoas);

– tapioca com queijo cottage;

– iogurte (compro o sem sabor e sem açúcar e bato com frutas);

– banana amassada com granola e mel;

Fujo dos industrializados, como danoninho, iogurtes, sucos prontos….mas novamente vale usar o bom senso e entender o que cabe para cada uma de nós, mães.

Tento sempre seguir os horários, ter uma rotina, por exemplo, o lanche é entre 16 e 16:30hs depois disso não vale ficar “beliscando”, e sim esperar até o jantar, pois aí já sei que não é fome e sim a necessidade de estar sempre mastigando, e temos que educá-los muito nesse sentido.

Gosto sempre de lembrar que cada caso é um caso e temos que levar em conta as individualidades de cada um dos pequenos e de cada uma de nós mães. E não esqueçam que a opinião do pediatra é sempre muito bem vinda!

Minha última dica: Variem, variem e variem……. quanto mais variado o cardápio na fase de transição, maior serão as chances da criança gostar desses alimentos no futuro!

Qualquer dúvida estou aqui!!

Michelle Fischer | Nutricionista

E-mail: michellefnutri@hotmail.com

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