Ahhh desafios da vida, de crescer, amadurecer, transformar e formar! E a mudança de escola se encaixa aqui, como uma etapa de enfrentamento de desafios e é um convite para sair da zona de conforto.
Então, vamos pensar no que representa esta mudança de escola, que vai muito além de um novo uniforme…
Trata-se de uma fase do desenvolvimento na qual são feitas muitas construções, com distintas peças, como um LEGO. E quem nunca brincou de lego? Mas na vida emocional, nesta fase escolar, as peças envolvem identificações de posturas e de linguagens, assumir valores pessoais, sentir que pertence ao grupo, desenvolver segurança e boa autoestima. Além de muitas outras pecinhas que fazem desta construção um lindo projeto admirável, porém sem ter um manual de instrução como neste brinquedo de encaixe.
Vale a pena contextualizarmos a fase atual em que vivemos: pandêmico, de inseguranças e instabilidades externas. E o que isso gera no mundo interno de nossas crianças?
Assim, como uma boa lógica, se do lado de fora há instabilidade e inseguranças, o lado de dentro se mostra suscetível e vulnerável. E é exatamente aqui que quero colocar um alerta, como um pedido de atenção e de socorro aos profissionais de escola e aos pais.
Como queixa frequente e atual no consultório, há muitas manifestações de crianças com dificuldades de se relacionar, de pertencer, de se manifestar verbalmente e ludicamente com seus novos pares de crescimento educacional.
Sabemos dos grandes desafios enfrentados pelas instituições nos cuidados de protocolos, novidades em metodologias e plataformas. Entretanto esta questão emocional, que exige mediação, se faz emergente. Sugestões de dinâmicas de grupo, que viabilizem as identificações das semelhanças e diferenças entre as crianças, que utilizem distintas formas de expressão (corporal, verbal, artístico) podem contribuir para a tão desejada sensação de pertencimento e de que o novo uniforme coube!
Vamos prevenir e evitar angústias!
Um beijo carinhoso.