Adenoide: Como saber se meu filho tem? O Dr. Gustavo Korn, Otoneurologia, responde para nós.
A adenoide – crescimento da tonsila faríngea – é um quadro muito comum na criança em período pré-escolar. Está localizada na região onde acaba o nariz e começa a garganta (a nasofaringe).
O que você vai encontrar :
O que causa a suspeita?
Geralmente a suspeita acontece na criança com dificuldade de respirar pelo nariz e que, como consequência, respira predominantemente pela boca.
Quais as consequências a curto prazo?
O aumento da adenoide está relacionado a infecções como a otite e a rinossinusite. Algumas crianças apresentam a voz chamada hiponasal, muito parecida com a voz de alguém gripado.
Muitas dessas crianças apresentam alteração do sono, manifestado por roncos, às vezes associados à parada respiratória por alguns segundos (a apneia), sono agitado, babação noturna, sendo esse sono não reparador. A criança pode ficar mais cansada, o que interfere em atividades escolares e esportivas, inclusive na atenção em sala de aula. Além disso, podem apresentar alterações comportamentais como irritabilidade e até mesmo agressividade. Outra situação possível é a enurese noturna, que é o “xixi na cama“.
Algumas crianças apresentam dificuldade na alimentação e, nessa situação, é comum a preferência por “sopinha” (líquido) do que “carninha” (alimentos que a criança tem que mastigar mais). Pode-se notar uma interrupção da mastigação para respirar, ou crianças que comem muito mais rápido ou mais devagar.
Em alguns casos, ocorre diminuição do tônus da musculatura ao redor da boca, o que dá a aparência de criança cansada.
Quais as consequências a longo prazo?
Com o tempo, a mordida pode ficar comprometida, resultando inclusive no crescimento da face e decorrente necessidade de reabilitação.
Crianças que apresentam apneia do sono podem desenvolver doenças cardíacas. Além disso, seu crescimento e ganho de peso podem ser afetados. Como se faz o diagnóstico?
Existem duas formas. Uma delas é por radiografia, exame rápido, mas que leva radiação e cujo resultado não é tão preciso.
O outro é a fibronasolaringoscopia, exame realizado no consultório do médico otorrinolaringologista. O exame consiste no uso de uma fibra óptica flexível que é colocada pela narina e possibilidade à visualização direta da região da adenoide. Esse exame é bem mais preciso, porém que pode gerar algum desconforto.
O que mais deve ser avaliado em crianças com adenoide?
Presença de conchas nasais aumentadas, septo nasal com desvio e aumento de volume das amígdalas, otite e alteração da audição, e a síndrome da apnéia do sono.
Se você observa um ou mais desses achados em seu filho, procure um profissional para obter mais esclarecimentos. Gostou do post sobre “Adenoide, como saber se meu filho tem?”. Então, encaminha para os amigos e também siga o instagram do Mamis na Madrugada para mais dicas.
Doutor Gustavo Korn | Otoneurologia
Bom dia!!
Meu filho tem adenoide, e tem apenas 4 aninhos de idade, posso operá-lo com essa idade?
Oi Debora, o ideal é procurar um médico para que ele te aconselhe! Boa sorte! beijos!
Todo mundo adora que vocês tendem a ser também.
Este tipo de trabalho inteligente e cobertura!
Mantenham o grande trabalho, funciona bem caras, tenho incluído o que vocês
dizem no meu blog.
Minha filha tem todos esses sintomas tem apenas 2 anos e 9 meses. Ô que fazer?
Meu filho ronca tem umas paradas de 10sg durante a noite .Acordada com a boca branca e tá com respiração ofegante o q pode ser?
Tenho 26 anos e ainda tenho as adenoides. Os problemas que desenvolvi por conta disso são inúmeros e digo, sem sombra de dúvidas: mães, não tenham medo de permitir a realização da cirurgia em seus filhos. Eu possuo mandíbula retraída (queixo curto), face alongada, problemas respiratórios (ronco, apneia do sono) e outros transtornos corriqueiros com os quais convivo; há sete meses finalizei meu segundo tratamento ortodôntico, mas sei que no futuro precisarei de um outro tratamento ortodôntico e cirúrgico inclusive (uma cirurgia muito mais cara do que a da retirada das adenoides, vale dizer). Não culpo minha mãe por seus receios, mas carrego terríveis consequências por não ter feito a cirurgia quando era menina. Não condenem seus pequenos aos mesmos problemas.